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Othon Luiz Pinheiro da Silva sab, 15/07/2017 - 12:06 Do Zero Hora http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2017/06/de-pai...

sexta-feira, 30 de junho de 2017



Nassif: A morte de Paulo Nogueira, jornalista


SEX, 30/06/2017 - 12:15
ATUALIZADO EM 30/06/2017 - 14:10

Quando iniciei a série sobre a Veja, quase dez anos atrás, me surpreendeu a anomia total da categoria jornalística. Veja enveredara pelo antijornalismo mais pernicioso, atropelando os princípios mínimos de técnica, ética e seriedade. Afetava a maneira como cada um de nós, jornalistas, exercíamos a profissão. Desmoralizava o trabalho duro dos que tentaram praticar jornalismo no período.
Da Abril, de vez em quando, recebia informações vagas de que havia pelo menos um diretor inconformado com aquele jornalismo. Era Paulo Nogueira, que ocupava um cargo relevante na editora, próximo ao cappo Roberto Civita.
Quando Veja  cometeu o absurdo de um secretário de redação, Mário Sabino, publicar uma resenha consagradora sobre seu próprio livro, foi Paulo quem me passou a informação de como as publicações de respeito, como o Financial Times, colocavam em seus manuais de redação a maneira dos jornalistas tratarem seus próprios livros.
Até então, de Paulo sabia ser filho de Emir Nogueira. E do pai lembrava a cena inesquecível da assembleia do Sindicato dos Jornalistas, na Casa de Portugal, em que Emir, por sua postura ponderada, foi alvo de uma sessão de linchamento. Reagiu pouco falando, mas com tal dignidade que, nas eleições seguintes, seria eleito presidente do sindicato enquanto o agressor falante desapareceria de vez da atividade sindical.
Paulo Nogueira tinha feito um trabalho relevante na Veja São Paulo e na Exame. Na queda do diretor Mário Sérgio Conti, foi um dos nomes cogitados para substituí-lo. Também fui e só descobri após um almoço com Civita e outro diretor, supostamente para analisar um projeto de Internet que tinha encaminhado para Otávio Frias – e ele recomendou que apresentasse para a Abril, na época sócia da UOL. Só após o almoço, o Paulo Moreira Leite me telefonou me informando dos boatos e entendi melhor as perguntas estranhas que me fizeram.
Só conheci de fato a competência de Paulo quando assumiu a direção da revista Época. Foi a única vez, desde que foi instaurado o estilo jornalismo de esgoto na imprensa brasileira, que vi um laivo de bom jornalismo. Aliás, de muito bom jornalismo.
Carta Capital, de Mino, era, de longe, a publicação que praticava o melhor jornalismo, mas sem o fôlego financeiro das demais. Por isso, o crescimento da Época era a última tentativa do bom jornalismo, de encontrar espaço nos grupos tradicionais.
Em uma viagem ao nordeste, encontrei um correspondente da revista, que me contou um dos segredos de Paulo. Depois que enviava sua reportagem, antes da publicação recebia a reportagem editada e não publicada ainda, para conferir se não havia nenhum erro de interpretação ou de edição.
Aí consegui entender a razão de Roberto Civita ter escolhido Tales Alvarenga para a sucessão  naVeja e, depois, Eurípides Alcântara, ambos de uma mediocridade nítida, em detrimento de Paulo. Acontece que Roberto tinha decidido se tornar não apenas o publisher, mas o diretor de fato da revista. E ter um jornalista de fôlego à frente da publicação significaria desgaste para ele, na hora de exercitar o esgoto amplo. Como foi no período Mino, de Guzzo-Gaspari e de Conti-Moreira Leite
Comecei a elogiar a Época no blog. Para minha surpresa, passei a receber a revista todo sábado de manhã, providenciada por Paulo e entregue por um motoqueiro. Ali, tive a intuição da sua solidão na Editora Globo. Dentro das Organizações Globo não havia quem se dispusesse a valorizar o bom jornalismo, a perceber as diferenças entre o jornalismo competente e o jornalismo fake que avançava avassaladoramente. Percebi que era questão de tempo para Paulo ser trocado.
E os grupos de mídia usavam sempre a mesma fórmula no caso Franklin Martins e no meu próprio: ataques de um colunista de Veja, que servia especificamente para essas jogadas combinadas.
De fato, pouco tempo depois Paulo saiu e a Época deixou de lado os compromissos com a notícia para se alinhar totalmente aos interesses políticos e empresariais da casa.
Tempos depois, no DCM, Paulo descreveria um pouco o ambiente de lisonja, de submissão à empresa que encontrou na Globo, que de certo modo se tornou a marca registrada dos grupos de mídia quando, em 2005, liderados por Roberto Civita, decidiram romper com o jornalismo.
Paulo recomeçou na Internet, como Paulo Moreira Leite, Tereza Cruvinel, Helena Chagas, Paulo Henrique Amorim, Marcelo Auler, o próprio irmão Kiko, e outros órfãos do breve período de ouro do jornalismo, os 15 anos pós-ditadura, no qual a mídia, na defensiva pelo apoio à ditadura, apostou um pouco mais na pluralidade e na capacidade de inovação..
Morre tendo sido, simbolicamente, o último oficial maior a resistir nas trincheiras do jornalismo contra o avanço do jornalismo fake.
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 A morte de Paulo Nogueira e o desrespeito aos jornalistas mais experientes, por Sidney Rezende

SEX, 30/06/2017 - 13:38


Do SRZD
A morte do jornalista Paulo Nogueira, 61 anos, do Diário do Centro do Mundo (DCM), vítima de um câncer severo; a decisão de Mino Carta, 83 anos, da Carta Capital, em não mais escrever editoriais em sua revista; e o afastamento definitivo por decisão da EBC de profissionais da qualidade de Luiz Nassif, Albino Castro, Tereza Cruvinel e Emir Sader são provas do empobrecimento do jornalismo brasileiro e atraso do país. Perdemos todos. O pluralismo é a melhor ferramenta para se alcançar a isenção que tanto precisamos.
Neste vídeo, eu convido você a não aceitar esta política de ódio que tenta calar vozes de todas as linhagens ideológicas. De Jânio de Freitas, de 85 anos, a Reinaldo Azevedo, de 55. O contraditório é a base da reflexão democrática.






As capitais do país aderem à greve geral deste 30 de junho

SEX, 30/06/2017 - 10:06
ATUALIZADO EM 30/06/2017 - 10:12


Jornal GGN - A greve geral desta sexta-feira, 30 de junho, batizada como #grevepordireitos, paralisa diversos setores e categorias, mobilizados por sindicatos e movimentos sociais para alertar a insatisfação com as reformas trabalhista e da Previdência e contra o governo de Michel Temer.
 
Na capital paulista, centrais sindicais confirmaram a participação nos protestos e professores das redes estadual e municipal de ensino, petroleiros e bancários confirmaram adesão.
 
Por uma liminar da Justiça que ameaçava uma multa diária de R$ 1 milhão a cada sindicato, além de sanções, os metroviários, ferroviários e motoristas de ônibus não puderam aderir à greve. Dessa forma, o transporte deve ser mantido e a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) manteve o rodízio de veículos. Por outro lado, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e sindicatos realizam um ato nesta sexta, no vão livre do Masp, na avenida Paulista.
 
Na capital mineira, Belo Horizonte, o transporte metroviário vai parar. O Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) anunciou que o metrô não vai circular. As categorias de ônibus e coletivos não convocaram os trabalhadores a aderirem com unanimidade à greve, mas o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região Metropolitana (STTR) apoiou os funcionários que quiserem participar individualmente.
 
Categorias da saúde também pretendem paralisar parcialmente as atividades. Todas as unidades da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) fazem escala mínima nesta sexta. Da mesma forma, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais públicos municipais de Belo Horizonte devem aderir em massa às paralisações. As escolas, municipais e estaduais, também não abrirão, assim como os bancários.
 
No Rio de Janeiro, bancários professores, profissionais da saúde e servidores municipais e estaduais paralisam as atividades. Os transportem funcionam normalmente, assim como aeroportos, mas grandes protestos que fecham a avenida Brasil e em diversas rodovias bloqueiam as passagens e os congestionamentos estão acima da média. Um grande ato é previsto para ocorrer às 17h, na Candelária, no Centro da capital.
 
Na Bahia, aderem ao movimento toda a categorias de bancários, servidores de saúde e professores municipais e estaduais, além dos hospitais parcialmente, com serviços ambulatoriais suspensos e mantidos apenas serviços emergenciais. Os ônibus e metrô circulam em Salvador, com restrição da região do Iguatemi que aderiu.
 
O centro de Fortaleza está paralizado na Praça Clóvis Beviláqua. A capital cearense aderiu em massa aos protestos, paralizando também a circulação de ônibus.
 
Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, houve a paralisação do transporte público de trens e ônibus no início da manhã, pelo bloqueio de manifestantes nas garagens. Com truculência, a Polícia Militar já chegou a usar bombas de gás lacrimogênio para liberar a saída dos coletivos, voltando a operar na capital do Rio Grande do Sul.
 
No Distrito Federal, ônibus e metrô fecham as atividades nesta sexta-feira (30). O governo do Distrito Federal já ameaçou cortar o ponto dos servidores que participarem de greves e paralisações, por isso funcionários públicos devem aderir parcialmente. Assim como nas demais cidades, bancários e professores aderem e os serviços de saúde funcionam somente em situações de emergência.
 
Em todo o país, a categoria de petroleiros aderem à greve geral. O Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) decidiu em reunião na última quinta-feira (22) que as refinarias ficam paralisadas por "tempo indeterminado". 
 
"A greve em defesa da vida foi amplamente aprovada pelos trabalhadores do refino em assembleias realizadas nas últimas semanas. O movimento terá início à 0h do dia 30, quando toda a categoria petroleira estará mobilizada na greve geral contra o desmonte dos direitos trabalhistas", informaram os petroleiros em comunicado.
 
 
 
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SEXTA, 30/06/2017, 17:18Política

Fachin decide libertar Rocha Loures, ex-assessor de Temer

O ministro Edson Fachin, do STF, colocou em liberdade Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor de Temer. Loures foi flagrado com mala de propina da JBS. Ele estava na carceragem da Polícia Federal, em Brasília. Ele vinha reclamando das condições da carceragem. Rocha Loures ficará recolhido em casa nos fins de semana e no período noturno.

http://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/99737/fachin-decide-libertar-rocha-loures-ex-assessor-de.htm
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Rocha Loures
Crédito: Reprodução/TV Globo

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  • SEXTA, 30/06/2017, 17:31
    Fachin troca prisão preventiva de Rocha Loures por medidas alternativas (Crédito: )
    Política

    Fachin troca prisão preventiva de Rocha Loures por medidas alternativas

    O ministro Edson Fachin mandou soltar Rocha Loures, ex-assessor do presidente Temer, que estava em prisão preventiva. Loures foi flagrado com mala de propina da JBS. Fachin substituiu a prisão preventiva por medidas alternativas. Ele só precisa ficar em casa à noite e nos fins de semana e feriados. Ele vai usar tornozeleira eletrônica, não pode manter contato com outros investigados e não pode deixar o país.
    •  

'Clamor por justiça' não será 'ignorado' pelo Supremo, diz Cármen Lúcia

Presidente do STF fez um discurso na sessão de encerramento do semestre do Judiciário. Ela agradeceu aos ministros pela 'ajuda' durante um período 'tão difícil'.


STF encerra as sessões do primeiro semestre e entra em recesso
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, encerrou nesta sexta-feira (30) o primeiro semestre do ano judiciário afirmando que o clamor por justiça não será ignorado pela Corte.
“O clamor por justiça que hoje se ouve em todos os cantos do país não será ignorado em qualquer decisão desta Casa. As vozes dos que nos antecederam e que velaram pela aplicação do direito com o vigor de sua toga e o brilho de seu talento, não deixam de ecoar em nossos corações. Não seremos ausentes aos que de nós esperam a atuação rigorosa para manter sua esperança de justiça. Não seremos avaros em nossa ação para garantir a efetividade da justiça”, afirmou.
“Pelo que foi feito por este tribunal, mas em especial pelo muito a que fazer para a paz nas relações humanas, plurais e democráticas no Brasil, haveremos de persistir em nossas funções, com o desvelo dos que vieram antes e com o compromisso pelos que vierem depois de nós”, completou em seguida.
A ministra agradeceu aos demais ministros por terem a “ajudado tanto num semestre tão difícil”.
“A vossas excelências, o meu agradecimento pessoal, especial pelos trabalhos intensos, pelas sessões extras, além das muitas regulares que foram realizadas nesse semestre. Desejo a cada um dos senhores excelente período de recesso e tranquilo regresso aos trabalhos externos, porque internamente continuamos na labuta como se sabe. Muitíssimo obrigada a cada um dos senhores por terem me ajudado tanto num semestre tão difícil para mim”, concluiu.
A Corte realizou a última sessão antes do recesso, que começa neste sábado (1º). Até o fim de julho, Cármen assumirá o plantão, decidindo sobre questões urgentes que chegarem ao tribunal, como pedidos de liberdade ou mandados de segurança, ações que visam garantir, com rapidez, direitos líquidos e certos. Em geral, pedidos do tipo são feitos por parlamentares em disputas sem solução na Câmara e no Senado.