Osvaldo Higa é um amigo, jornalista e escritor. Companheiro de luta, dá uma força na entidade Ceagua da qual fazemos parte e me ajudou a terminar o meu primeiro livro, Yawara!
Ele me mandou uma tira dessas que estão correndo pelo país em "promoção" do Lula, aquele que é ex-presidente mas está lá no palácio orientando, orientando, mandando, mandando...
Enviei ontem esta crônica para o Osvaldo. Não em retaliação à sua tira. Mais para completar de uma certa forma o assunto porque ninguém está livre de crítica.
Caro Osvaldo. Segue abaixo uma pequena crônica comemorativa desse momento. Vi a tira que de certa forma celebra o que venho pensando conforme minha crônica e achei-a interessante. É uma grande verdade. No chuveiro a crônica foi surgindo na minha cabeça. Só tomo banho com água morna, quase fria... Vou colocar a crônica no meu blog: odiariodeguararema.blogspot.com
Dê uma olhada amanhã. Abraço. Julio.
CRÔNICA DE CHUVEIRO...
TOMA, QUE A FILHA É TUA !
OU
A COLLOR O QUE É DE CÉSAR, OU A CÉSAR O QUE É DE COLLOR, OU A LULA O QUE É DE COLLOR...
> Ontem, por estranha coincidência, eu estava arrumando minha prateleira de livros e tive à mão o livro da Zélia Cardoso de Mello. Entre joga fora ou não joga, lá vão sete anos desde que o livro foi dado a nós, junto com outros vários. Não é a primeira vez que pego esse livro e fico com vontade de dar uma olhada. Zélia, Uma Paixão, algo assim. Na introdução ela diz:
... e no final, Zélia é...esta que escreve este livro. Antes de dar uma lida nesse livro, lembro-me que tenho que terminar de ler o do Cortázar e também algo desse novo, o Zizek, tão falado...
> Parece uma heresia, mas tenho acentuada curiosidade em compreender melhor o período e o papel dessa mulher na história do país e que hoje se esconde em Nova York, que esteve aqui velando o corpo do seu ex-marido, o Chico Anísio, no seu recente falecimento.
> Às vezes eu penso que nessa questão, Lula complicou um pouco as coisas. Talvez vocês decidam a seu favor e concedam-lhe o 0,01% que falta para acabar com aquela dízima complicadora, na qual Lula cumpriu direitinho o papel programado, mas poderia ser um outro qualquer, ou outra.
> Muitos vão dizer que era apenas questão imanente ou invasiva como se diz hoje em dia, noutra linguagem. Isso pode ser também apontado como administração coercitiva ou responsabilidade acima das classes sociais. Porém, é mais certo prever que ele, o Lula, diria ou disse que não tinha mais o que fazer senão deixar a coisa rolar porque nada mais segura esse barco, a não ser uma revolução, cruz credo!
> Assim sendo, se você quiser, dê-lhe o 0,01% que falta a Lula para ele parar de dizimar e dizer que, ora vejam, superei. Pois, vejamos: Collor começou: 100%. FHC foi obrigado a reconhecer e fez o barco Brasil continuar no caminho das trevas. Assim, Collor não teve jeito em dividir com FHC os 100%. Cada um levou 50%.
> Eis que chega o Lula que não acredita nos seus assessores, economistas ou não e pede o taco para FHC. Para adocicar ou mascarar a expropriação tecno-ideológica, diria, ou disse: - ora, vejam, FHC não tem culpa... Não tanta culpa, talvez umas privatizações. Dessa forma, deu se o imbróglio: - Dividir os 50% de Collor, Lula ficaria com 25%. Dividir os 50% de FHC, Lula ficaria com outro 25%. Portanto, total de 50%.
> Para Lula, essa era a conta certa. Daria empate mas não daria dizima. Os teóricos petistas pleitearam: Lula! Vamos deixar na dizima. Fica bonito, os três em pé de igualdade e você (Lula) um pouco acima porque tem o poder para enxovalhar os outros dois. Caberá a cada um 33,33% de honraria pelo sucesso neoliberal. Lula é teimoso e não queria desse jeito.
> Nem precisava. Você vê a cara do Collor, cara de mártir. Sofreu tanto, o coitado, ainda que merecesse o calvário, porém, o Lula tirou-lhe a única coisa importante que lhe restava e ainda resta, a paternidade. Essa coisa de paternidade é complicada. Seria importante resolver essa questão. Queira-se espezinhar o desafeto mas esse não deve ser o caminho.
> Quem sou eu para admoestar as pessoas e dizer faça isso, não faça aquilo. Mas, é penoso ver que fica mal na cena, o padrasto sair por aí debutando com a noviça, Política Neoliberal, ainda jovem aos 21 anos de plataforma, além do mais, ficar vermelho de enciumado, dando um chega para lá, tanto nos pais, Collor e Zélia, quanto no avô, FHC.
Collor e Zélia conceberam, FHC o avô criou e Lula, o padrasto apossando-se da criatura, atira para todo lado, junto com o seu batalhão de petistas, para que ninguém ouse requerer um exame de DNA. Coitados e coitadas. Só de olhar para a cara da não tão jovem Neoliberal para dizer que, infelizmente, Lula, sei que o deseja tanto, porém a filha é de Collor. Como padrasto você pode compartilhar e dizer:
- honestamente, meu caro (Collor), você tinha razão, toma lá que a filha é nossa, segura um pouco mas devolve rápido porque a classe trabalhadora...
> Cai o pano...
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