tendo em vista que não há nenhuma prioridade, vamos comemorar esse tal de Bule, Var.
O BULE "VAR"
Sobre esse negócio de Bule var, a história que se conta é
que, tendo percebido que não havia outra saída, o filho resolveu, então,
cumprir o prometido para a mãe, colocando na conta da tal “promessa de
campanha.”
Chamou de imediato o seu assessor mais próximo e mandou
verificar onde se encontrava essa tal de Bule Var já que as tentativas do pai
foram infrutíferas, o que prorrogou por décadas esse transe.
A tentativa do pai foi grande: Chamou os dois secretários de
maior confiança e mandou que eles fossem a São Paulo comprar esse tal de Bule
Var. Dinheiro não seria problema. Caso precisassem só pedir mais. E assim foi,
isto é, foram para a Capital e vasculharam desde os empórios e fabriquetas mais
escondidos até os Shoppings freqüentados pelas elites, pois já os existia na
época.
Depois de uma semana, ou duas, a história não conta direito,
o secretário mais corajoso ligou ao chefe, era assim que se tratavam
intimamente. Você e Chefe. De preferência, com maiúscula, o Chefe e você, com
minúscula. Ligou e explicou que chegou até a ameaçar com o trabuco os comerciantes
que vacilavam na resposta, ou hesitando, como querendo lembrar-se de algo. Mas
não encontraram nada parecido. Foram mandados para o Rio de Janeiro porque lá é
que chegavam as coisas mais chics dos States.
Nem bem bateu o telefone do telefonema negativo recebido do
Rio de Janeiro, saiu precipitadamente e tudo o mais ocorreu com tal rapidez que
muita gente de Guararema ainda se lembra. Virou o tronco da bananeira e chispou
para as Alterosas para nunca mais ouvir falar desse bule.
Acontece que o jovem tinha mais paciência e assim, convocou
todos e todas que estavam ao seu comando, inclusive vereadores e suplentes, e exigiu
concentração intensa, no amplo prédio que já podia ser usado, colocando à
disposição telefones, celulares, aparelhos de fax, o que quisessem, para
descobrir onde comprar esse tal Bule Var. Mas, não veio a luz, por isso, saíram
todos desolados e desoladas.
Porém, a faxineira, que ficou o tempo todo lustrando os
móveis e as vidraças novas, ouvindo aquela centena de falatório, a idéia entrou
em sua cabeça e foi assim que no salão de beleza ela falou para a proprietária:
Empresta esta revista? Devolvo logo amanhã mesmo. E levou logo cedo a velha revista,
aberta justo na página onde havia uma reportagem de uma artista estrangeira
elogiando a calçada musical do “boulevard” da Vila Isabel no Rio de Janeiro. A
faxineira mostrou a revista para o seu chefe que mostrou ao chefe do chefe que
mostrou ao secretário.
Estava descoberto o mistério. É o que se fala por aí. Ninguém
sabe onde foi parar a revista e nem a faxineira.
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