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Othon Luiz Pinheiro da Silva sab, 15/07/2017 - 12:06 Do Zero Hora http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2017/06/de-pai...

terça-feira, 8 de maio de 2012




DILMA, COLLOR E ZÉLIA – QUE SE PASSA?
VOLTEMOS À DILMA E ZÉLIA

Então, Osvaldo. Voltando à velha questão e continuando o meu escrito anterior, o próximo passo, Dilma executou, até que enfim. Acho que a Zélia, lá no seu retiro, ao assistir à medida, deve ter lhe dado uma coceirazinha na garganta, um pigarro e, depois, uma mexida no assento, como se estivesse incomodada, quase deu uma olhada à sua volta para ver se estávamos observando e inútil, deixou-se estar.  Quase tenho a certeza de que, depois disso, ela falou para si mesma: - Ah! Até que demorou. Deviam ter feito isso antes... Precisaram quase três mandatos para dar mais esse passo do plano.  E voltou aos seus afazeres. De vez em quando eu vejo nos jornais que, de vez em quando, a Dilma se parece um pouco com a Zélia, só um pouquinho, depende do tipo de penteado...
Osvaldo, você viu a manchete da Folha de São Paulo, desta sexta-feira:  


                  FOLHA DE SÃO PAULO – SEXTA-FEIRA 4 DE MAIO DE 2012
                                                                   PORÉM:

Ontem, ao ligar no TV Folha, programa de jornalismo do Grupo Folha de São Paulo, que passa de noite na TV Cultura, dei de cara com um antigo colega de trabalho, que falava sobre as mudanças na Caderneta de Poupança. Quando trabalhamos juntos, como educadores de adultos, o Vinicius era um rapagão dos seus dezenove anos ou pouco mais, que a equipe técnica do Curso de Educação de Adultos na Prefeitura de São Paulo considerava um jovem extraordinário e grande promessa para o futuro.

O que eu mais me lembro daquela convivência é que em um momento qualquer, na sala de reuniões, com poucas pessoas num bate papo, eu estava me referindo dos males causados à economia e à população pobre pela divida externa brasileira quando o Vinicius interveio dizendo sem tanto deboche que se assim fosse os Estados Unidos (EU) teriam falido há muito tempo porque sua divida externa beirava os 100% do PIB do país. Realmente, olhando por esse ângulo, teria razão o Vinicius. Para ele, o importante era o porquê dessa dívida. Seguimos cada qual seu caminho.

Olhando na TV Folha, aquele senhor no qual se tornou o jovem colega de trabalho, com entradas e áreas ralas de cabelo acima da testa, quase não o reconheci e pensei rapidamente como velhice eu estaria então e tive a certeza que ele não me reconheceria.
Cada qual seguiu sua trajetória. Sei pouco dele. Mas, notei que sua trajetória vertiginosa o levou à Superintendência do jornal Folha de São Paulo. Vinicius Torres Freire é um bonito nome que esteve ali na página 2 da Folha, por alguns anos nesse cargo e agora não sei qual é a sua função, mas ontem estava no TV Folha com a difícil tarefa de explicar as mudanças na poupança. 


E, por falar em superintendência da Folha de S. Paulo, procurei na pg 2 do jornal de domingo, para ver se o nome do Vinicius estava lá ainda como superintendente. Porém, veja, que sorte! Estava o nome do Antonio Manuel Mendes Teixeira, no cargo. Este foi outro que conheci naquela época de lutas. Acho que conheci o Toninho em 1982, por aí, ou antes, ele como estagiário no CEBRAP (Centro Brasileiro de Análises e Pesquisas), fazia pesquisa sociológica na região onde eu morava e atuava na união de moradores, região da Cupecê, zona Sul de São Paulo.

De suas idas e vindas, fizemos amizade, ocasião em que ele me falou seriamente que se por acaso ocorresse uma revolução socialista no Brasil decerto começaria por aquela região dado o elevado grau de participação e do movimento popular. Aliás, até a equipe do Lula preferia, naquela época, começar seus comícios por aquela região, da Cupecê-Jardim Miriam.

Depois soube que o Toninho estava trabalhando no jornal Folha de São Paulo, implantando o DataFolha, um departamento de pesquisas da Folha que passaria a fazer pesquisas eleitorais entre outras. No início eu até ligava para o Toninho questionando seus (da Folha) índices de preferência do eleitorado, mas ele tentava me acalmar dizendo que era cientifico. Teve vez em que fizemos questão de demonstrar que não acreditávamos nas pesquisas, porém, o DataFolha se notabilizou pela seriedade e pelo acerto de seus prognósticos, baseados em pesquisa cientifica.

Estou escrevendo com certa meticulosidade porque é possível que um ou outro acabe lendo este escrito e um ou o outro acabe se lembrando da ocasião e vai descobrir que continuo o mesmo, que a trajetória do amigo Júlio também estava escrita, na vida simples de militante, na luta pela cidadania e por uma sociedade socialista, onde eu estiver.  Mas, escrevo tudo isso para introduzir como resolvi escrever novamente ao meu amigo, companheiro de luta ambiental e de literatura, Osvaldo Higa, para falar novamente da tira que ele me enviou onde se comparava o governo Dilma/Lula com os anteriores.

Ainda falta falar um pouco mais da TV. Após a fala do Vinicius na TVFolha, começou outro programa chamado Legião Estrangeira comandado pela Mônica Teixeira, jornalista e apresentadora de respeito, isto é, não se vê coisas de sua parte como vi ontem mesmo, o apresentador Datena, que no seu programa “Quem Fica em Pé”, acabou soltando essa pérola: “... a presidenta Dilma, caçadora de corruptos”. Bem sabe o safado Datena que os corruptos, foi ela mesma que colocou nos ministérios. Bem, a Mônica Teixeira, tendo ao lado quatro Correspondentes da Imprensa Internacional, discutiam questões da semana e lógico, a questão principal foi a “mexida na poupança” feita pela presidenta Dilma.

Em dado momento, falou-se do governo Collor que congelou a poupança, o que me fez lembrar, novamente, da ministra dele, Zélia Cardoso de Mello à qual me referi ao responder ao Osvaldo Higa. Também foi falado no programa da Mônica Teixeira, da forma como foi anunciada a mudança na Caderneta, cheia de impacto. Para um dos correspondentes era como se fosse uma cortina de fumaça para encobrir outra questão de gravidade, lembrando do caso Carlinhos Cachoeira e o Mensalão, assunto que deixa dezenas de parlamentares e empresários de cabelos em pé na expectativa do que mais pode ser revelado na CPI. 


Posteriormente, ao ver um noticiário no qual o ex-presidente Lula apareceu debilitado e apoiado em uma bengala para se locomover, me comovi, porém, pensei se o impacto da cortina de fumaça não seria para se contrapor no imaginário das pessoas, a debilidade de Lula com a forte presença da presidenta Dilma em horário nacional falando com firmeza presidencial sobre mudanças na caderneta de poupança e ao mesmo tempo, dando um puxão na orelha dos banqueiros cujos lucros extraordinários não se coadunam com economia estável. Se vê que a queda do juro não interessa aos banqueiros.


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