DILMA, COLLOR E ZÉLIA – QUE SE PASSA?
VOLTEMOS À DILMA E ZÉLIA
Então, Osvaldo. Voltando à velha questão e continuando o meu
escrito anterior, o próximo passo, Dilma executou, até que enfim. Acho que a
Zélia, lá no seu retiro, ao assistir à medida, deve ter lhe dado uma
coceirazinha na garganta, um pigarro e, depois, uma mexida no assento, como se
estivesse incomodada, quase deu uma olhada à sua volta para ver se estávamos
observando e inútil, deixou-se estar. Quase tenho a certeza de que, depois disso,
ela falou para si mesma: - Ah! Até que demorou. Deviam ter feito isso antes...
Precisaram quase três mandatos para dar mais esse passo do plano. E voltou aos seus afazeres. De vez em quando
eu vejo nos jornais que, de vez em quando, a Dilma se parece um pouco com a
Zélia, só um pouquinho, depende do tipo de penteado...
Osvaldo, você viu a manchete da Folha de São Paulo, desta sexta-feira:
FOLHA
DE SÃO PAULO – SEXTA-FEIRA 4 DE MAIO DE 2012
PORÉM:
Ontem, ao ligar no TV Folha, programa de jornalismo do Grupo
Folha de São Paulo, que passa de noite na TV Cultura, dei de cara com um antigo
colega de trabalho, que falava sobre as mudanças na Caderneta de Poupança. Quando
trabalhamos juntos, como educadores de adultos, o Vinicius era um rapagão dos
seus dezenove anos ou pouco mais, que a equipe técnica do Curso de Educação de
Adultos na Prefeitura de São Paulo considerava um jovem extraordinário e grande
promessa para o futuro.
O que eu mais me lembro daquela convivência é que em um
momento qualquer, na sala de reuniões, com poucas pessoas num bate papo, eu
estava me referindo dos males causados à economia e à população pobre pela
divida externa brasileira quando o Vinicius interveio dizendo sem tanto deboche
que se assim fosse os Estados Unidos (EU) teriam falido há muito tempo porque
sua divida externa beirava os 100% do PIB do país. Realmente, olhando por esse
ângulo, teria razão o Vinicius. Para ele, o importante era o porquê dessa
dívida. Seguimos cada qual seu caminho.
Olhando na TV Folha, aquele senhor no qual se tornou o jovem
colega de trabalho, com entradas e áreas ralas de cabelo acima da testa, quase não
o reconheci e pensei rapidamente como velhice eu estaria então e tive a certeza
que ele não me reconheceria.
Cada qual seguiu sua trajetória. Sei pouco dele. Mas, notei
que sua trajetória vertiginosa o levou à Superintendência do jornal Folha de
São Paulo. Vinicius Torres Freire é um bonito nome que esteve ali na página 2 da
Folha, por alguns anos nesse cargo e agora não sei qual é a sua função, mas ontem
estava no TV Folha com a difícil tarefa de explicar as mudanças na poupança.
E, por falar em superintendência da Folha de S. Paulo, procurei na pg 2 do jornal de domingo, para ver se o nome do Vinicius estava lá ainda como superintendente. Porém, veja, que sorte! Estava o nome do Antonio Manuel Mendes Teixeira, no cargo. Este foi outro que conheci naquela época de lutas. Acho que conheci o Toninho em 1982, por aí, ou antes, ele como estagiário no CEBRAP (Centro Brasileiro de Análises e Pesquisas), fazia pesquisa sociológica na região onde eu morava e atuava na união de moradores, região da Cupecê, zona Sul de São Paulo.
E, por falar em superintendência da Folha de S. Paulo, procurei na pg 2 do jornal de domingo, para ver se o nome do Vinicius estava lá ainda como superintendente. Porém, veja, que sorte! Estava o nome do Antonio Manuel Mendes Teixeira, no cargo. Este foi outro que conheci naquela época de lutas. Acho que conheci o Toninho em 1982, por aí, ou antes, ele como estagiário no CEBRAP (Centro Brasileiro de Análises e Pesquisas), fazia pesquisa sociológica na região onde eu morava e atuava na união de moradores, região da Cupecê, zona Sul de São Paulo.
De suas idas e vindas, fizemos amizade, ocasião em que ele me
falou seriamente que se por acaso ocorresse uma revolução socialista no Brasil
decerto começaria por aquela região dado o elevado grau de participação e do
movimento popular. Aliás, até a equipe do Lula preferia, naquela época, começar
seus comícios por aquela região, da Cupecê-Jardim Miriam.
Depois soube que o Toninho estava trabalhando no jornal Folha
de São Paulo, implantando o DataFolha, um departamento de pesquisas da Folha
que passaria a fazer pesquisas eleitorais entre outras. No início eu até ligava
para o Toninho questionando seus (da Folha) índices de preferência do
eleitorado, mas ele tentava me acalmar dizendo que era cientifico. Teve vez em
que fizemos questão de demonstrar que não acreditávamos nas pesquisas, porém, o
DataFolha se notabilizou pela seriedade e pelo acerto de seus prognósticos,
baseados em pesquisa cientifica.
Estou escrevendo com certa meticulosidade porque é possível
que um ou outro acabe lendo este escrito e um ou o outro acabe se lembrando da
ocasião e vai descobrir que continuo o mesmo, que a trajetória do amigo Júlio
também estava escrita, na vida simples de militante, na luta pela cidadania e
por uma sociedade socialista, onde eu estiver. Mas, escrevo tudo isso para introduzir como
resolvi escrever novamente ao meu amigo, companheiro de luta ambiental e de
literatura, Osvaldo Higa, para falar novamente da tira que ele me enviou onde
se comparava o governo Dilma/Lula com os anteriores.
Ainda falta falar um pouco mais da TV. Após a fala do
Vinicius na TVFolha, começou outro programa chamado Legião Estrangeira
comandado pela Mônica Teixeira, jornalista e apresentadora de respeito, isto é,
não se vê coisas de sua parte como vi ontem mesmo, o apresentador Datena, que
no seu programa “Quem Fica em Pé”, acabou soltando essa pérola: “... a presidenta
Dilma, caçadora de corruptos”. Bem sabe o safado Datena que os corruptos, foi
ela mesma que colocou nos ministérios. Bem, a Mônica Teixeira, tendo ao lado
quatro Correspondentes da Imprensa Internacional, discutiam questões da semana
e lógico, a questão principal foi a “mexida na poupança” feita pela presidenta
Dilma.
Em dado momento, falou-se do governo Collor que congelou a
poupança, o que me fez lembrar, novamente, da ministra dele, Zélia Cardoso de
Mello à qual me referi ao responder ao Osvaldo Higa. Também foi falado no
programa da Mônica Teixeira, da forma como foi anunciada a mudança na
Caderneta, cheia de impacto. Para um dos correspondentes era como se fosse uma
cortina de fumaça para encobrir outra questão de gravidade, lembrando do caso
Carlinhos Cachoeira e o Mensalão, assunto que deixa dezenas de parlamentares e
empresários de cabelos em pé na expectativa do que mais pode ser revelado na
CPI.
Posteriormente, ao ver um noticiário no qual o ex-presidente Lula apareceu debilitado e apoiado em uma bengala para se locomover, me comovi, porém, pensei se o impacto da cortina de fumaça não seria para se contrapor no imaginário das pessoas, a debilidade de Lula com a forte presença da presidenta Dilma em horário nacional falando com firmeza presidencial sobre mudanças na caderneta de poupança e ao mesmo tempo, dando um puxão na orelha dos banqueiros cujos lucros extraordinários não se coadunam com economia estável. Se vê que a queda do juro não interessa aos banqueiros.
Posteriormente, ao ver um noticiário no qual o ex-presidente Lula apareceu debilitado e apoiado em uma bengala para se locomover, me comovi, porém, pensei se o impacto da cortina de fumaça não seria para se contrapor no imaginário das pessoas, a debilidade de Lula com a forte presença da presidenta Dilma em horário nacional falando com firmeza presidencial sobre mudanças na caderneta de poupança e ao mesmo tempo, dando um puxão na orelha dos banqueiros cujos lucros extraordinários não se coadunam com economia estável. Se vê que a queda do juro não interessa aos banqueiros.
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